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No Brasil: colocando a Petrobras no mapa digital

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No Brasil: colocando a Petrobras no mapa digital

January 26, 2021

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Ativos remotos e sistemas legados – é um cenário familiar do setor de energia. Exploramos como a Petrobras está se reinventando para permitir a digitalização em toda a empresa.

Um acordo milionário assinado entre a Petrobras e a Baker Hughes mostra o valor da confiança de longa data entre os parceiros e do relacionamento construído ao longo do tempo. Ilustram também que atualizar apenas uma área em grandes operações em prol de digitalização, segurança, eficiência e redução de emissões sem que haja padronização, é um desperdiço de recursos.

Ninguém disse que a digitalização é fácil, mas é um divisor de águas. E é preciso visão e compromisso para modernizar toda a empresa e atender às oportunidades e desafios da rápida evolução do cenário de energia.

Só no Brasil, a Petrobras tem o que Rami Qasem, vice-presidente executivo de soluções digitais da Baker Hughes, descreve como “uma infinidade de ativos” – cerca de 6.000 máquinas críticas ou essenciais. Durante décadas, a Baker Hughes trabalhou com as instalações individuais de exploração, produção e refinaria da empresa para permitir, monitorar e medir os resultados. Cada site é um negócio em si, com gerentes tomando decisões individuais para alcançar segurança, lucratividade, economias e progresso. A Petrobras é líder no desenvolvimento de tecnologias para exploração em águas profundas, mas, em toda a organização, os ativos foram desenvolvimentos em momentos diferentes, apresentando grande variedade de instrumentação.

“A Petrobras tomou a decisão de atualizar seus ativos a um nível que permita a conexão da empresa com as tecnologias mais recentes, para aumentar a operação digital e ter acesso a futuras possibilidades de alta tecnologia”, diz Qasem.

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Photograph courtesy of Petrobras/André Ribeiro
 
Upstream, midstream, downstream, todos farão parte

Com início em setembro de 2021, a ampla atualização implantou cerca de 20.000 sensores de monitoramento de condição sem fio em máquinas críticas e essenciais e conectou processos upstream, midstream e downstream por meio de 50 racks de monitoramento de condição Bently Nevada Orbit 60 estrategicamente localizados. Os dados vitais de integridade da máquina monitorados pelo sistema Orbit serão agregados na plataforma do software System 1 da Bently Nevada para análise em tempo real, diagnóstico e planejamento de manutenção preventiva.

A arquitetura do System 1 não precisa do fabricante, diz Qasem, o que significa que a Baker Hughes pode conectar todos os seus equipamentos, eliminando assim a necessidade de manter várias plataformas e treinar funcionários para o uso de cada uma.

A Petrobras está entre as primeiras empresas do mundo a implementar o Orbit 60, que abrange os atributos mais avançados de equipamentos de proteção e monitoramento de condições e integra cibersegurança até o Nível de Segurança 4. Essa tecnologia oferece mais de 100 vezes o poder de processamento do que a atual líder da indústria e permite uma correlação de dados de todos os aspectos de um processo em uma única visualização.

Federico Palacios, diretor regional da Bently Nevada na Europa e até recentemente na América Latina, diz: “Ter uma plataforma de software muito robusta permitirá que nosso cliente execute remotamente mais serviços e operações de monitoramento. Com muitos dos ativos mais importantes da empresa sendo offshore, isso oferece um valor incrível, aumentando a confiabilidade do maquinário, podendo agendar a manutenção em vez de responder a emergências caras e reduzindo os custos de transporte de tantos funcionários e equipes de manutenção para plataformas offshore.”

Globalmente, as pessoas mais qualificadas e experientes da indústria de petróleo e gás estão se aproximando da aposentadoria e faltam substitutos. “Avançar para uma estratégia de transformação digital”, diz Palacios, “significa que operadoras como a Petrobras poderão manter os sistemas bem conservados e funcionando de forma eficiente com equipes menores”.

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Gerenciando e reduzindo as emissões de flares

Com os produtos e serviços da Bently Nevada e o software de segurança cibernética Nexus Controls, sistemas adicionais no projeto vão ser entregues pela equipe da Panametrics, líder de mercado em medidores de vazão para flare. Este pequeno pedaço da implementação do contrato ilustra perfeitamente a necessidade de atualizar e calibrar o hardware para permitir melhor desempenho e geração de dados significativos e relacionáveis ​​a fim de reduzir as emissões de carbono e cumprir com transparência as regulamentações ambientais.

 

“Toda unidade de produção e processamento deve ter uma Flare Stack, e nossos medidores de vazão são instalados para monitorar o fluxo de gases, medir a presença e emissão de gases perigosos e medir as emissões de metano”, diz Paulo Souza, Gerente Regional de Vendas da Panametrics. Os medidores fornecem informações que se correlacionam com a produção — atribuindo responsabilidade pelos gases produzidos e adequação aos limites regulamentares de fluxo de gases de queima de flare exigidos pelas Agências Nacionais. Eles são um meio essencial de detecção de vazamentos, garantindo assim a segurança. E sob a Política Nacional do Meio Ambiente do Brasil, eles devem fornecer um fluxo constante de dados sobre a quantidade de gases lançados na atmosfera. Os dados devem ser fornecidos numa base de frequência acordada para monitorização e controle da Agência Nacional.

Este contrato com a Petrobras garante um fornecimento mais rápido de peças de reposição vitais em comparação com as negociações anteriores, a fim de manter um desempenho consistente dos medidores de flare. Esta implementação da primeira fase que garante o desempenho uniforme dos medidores de queima de alta qualidade, diz Souza, é o facilitador fundamental para a introdução do componente digital, flare.IQ, que monitorará a operação desses medidores e agregará dados para verificar as medições e produzir relatórios essenciais ao operador sobre produção, composição de gases e emissões. “Isso pode contribuir para a redução das emissões de CO₂ eq, bem como menor consumo de vapor nas refinarias e queimas assistidas”, finaliza Paulo Souza.

 

A colaboração se expande por toda a organização

Os executivos da Petrobras estavam lutando para implementar sua visão de conectividade há mais de três anos, diz Qasem. Ele afirma que, ao mesclar instalações individuais e ambições corporativas sob um único contrato, a equipe central da Petrobras pode alcançar a implementação de uma plataforma unificada que lhes permite uma visão geral instantânea de “como estão se saindo quando se trata de flare, como estão se saindo quando trata de ativos fixos e rotativos, e coloca a infraestrutura de hardware e software pronta para aproveitar a próxima onda de evolução digital”.

Embora o envolvimento do C-suite tenha sido crucial para alcançar, em toda a empresa, a atualização que fornecerá à Petrobras a primeira fase de sua evolução digital, Palacios diz que o acordo não poderia ter sido alcançado sem a parceria íntima e a compreensão dos representantes da Baker Hughes das necessidades individuais das instalações construídas ao longo de muitos anos. Onde a confiança e a tecnologia se encontram, a energia pode atingir uma nova era de potencial.

Para mais informações sobre este projeto, clique aqui para ler o comunicado para a imprensa.

 

 

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