Tipos de recipientes de transporte e exposição?
Quais são os tipos de recipiente de transporte e de exposição na radiografia industrial?
O transporte e o manejo de fontes vedadas estão sujeitos a rigorosas regulamentações internacionais de segurança,
já que as fontes emitem radiação continuamente em todas as direções, diferentemente
de um tubo de raio X, que pode ser desligado. Durante o transporte e o uso, a fonte deve ser
rodeada por um volume de material que absorve variação, que, por sua vez, está encapsulado
em um recipiente. O nível de radioatividade na superfície externa do recipiente
não deve exceder o limite máximo estabelecido por lei.
Assim como o recipiente de transporte, o recipiente de exposição deve ser robusto e funcionar sempre
de forma segura. O recipiente de exposição, também conhecido como câmera, deve ser à prova de falhas, de poeira
e de água. O recipiente também não pode ser afetado por impactos. Além disso, se o material que absorve a radiação,
como o chumbo, derrete (em um incêndio), as propriedades de absorção de radiação
não podem ser comprometidas. Por isso, a carcaça deve ser feita de um material com ponto de fusão elevado, como o aço.
Além do chumbo, um novo material sinterizado, com alto teor de tungstênio (97%),
é cada vez mais utilizado como material de blindagem. Esse material é fácil de trabalhar, seu acabamento é fácil e ele não está sujeito ao
derretimento.
Além disso, o urânio amplamente empobrecido (com a mais alta absorção de radiação) é usado como blindagem,
proporcionando recipientes de exposição muito compactos. Entretanto, uma das desvantagens desse material é um nível mínimo de radioatividade. Por isso, em alguns países, o uso de
urânio empobrecido não é permitido.
Independentemente do material de blindagem utilizado, o peso considerável é uma característica comum
a todos eles.
Há várias soluções para o problema do armazenamento seguro de uma fonte, por um lado, e de
sua colocação simples, mais absolutamente segura, em sua posição de radiação, por outro
lado. Estas são duas construções usadas frequentemente para esse fim: a fonte S fica em um cilindro
rotativo, como mostra a figura 11-5, ou em um recipiente com um canal em forma de S, como na figura 12-5.
Em geral, o recipiente com um canal em forma de S conta com um meio para movimentar a fonte
à distância (afinal, a melhor proteção contra radiação é a distância). Pode-se fazer isso
por meio de um cabo flexível em uma mangueira (design Teleflex) como mostram as figuras 13-5 e 14-5.
Com essa construção, é possível estender a mangueira flexível de forma que a fonte
possa ser afastada do recipiente por vários metros, até a posição de exposição mais
favorável.
A figura 14-5 mostra um recipiente com um canal em forma de S que conta com uma mangueira flexível (metálica) e um cabo na posição enrolada (de transporte). A figure 15-5 mostra um recipiente com canal em forma de S mais recente (de 2006), feito de selênio-75, com mangueiras de operação e chicote flexível. O radioisótopo selênio-75 passou a ser cada vez mais utilizado depois que novos métodos de produção
(enriquecimento) proporcionaram um fator K muito melhor. Sendo assim, para uma certa atividade (força da fonte), obtém-se uma fonte de tamanho (foco) muito menor. Isso proporciona uma imagem de melhor qualidade/mais nítida do que a imagem que seria obtida por meio do antigo método de produção do selênio-75. Devido ao seu nível de energia médio de 320 kV, o selênio-75 vem substituindo cada vez mais os equipamentos de raio X
em uma faixa de espessura de 5 mm a 30 mm de aço. Isso elimina a necessidade de
energia elétrica, algo muito interessante na área por motivo de segurança elétrica, e mais
conveniente em lugares remotos ou locais de trabalho de difícil acesso (locais altos, profundos, no mar,
refinarias, etc.). Por último, mas não menos importante, um recipiente de selênio é muito mais leve do que um
recipiente de irídio-192 que seria utilizado com uma fonte de mesma força.
Para possibilitar a radiografia em locais de trabalho com (muitas) pessoas nas proximidades, como em instalações offshore ou salas de reunião, foram desenvolvidos colimadores e recipientes com cilindros rotativos para que somente o feixe de radiação necessário para a radiografia seja emitido. O restante da radiação é absorvido pelo material do colimador, permitindo que as pessoas trabalhem com segurança a poucos metros de distância enquanto a radiografia está em andamento. Esses recipientes com colimadores são conhecidos como “CARE” (equipamentos de radiação para áreas confinadas) ou equipamentos de “LORA” (baixa radiação).
Sem colimação, a distância mínima de segurança é muito mais do que 10 metros (em todas as direções!).
Esses recipientes com colimadores são particularmente adequados para trabalhos de NDT frequentes, idênticos e repetitivos, como testes radiográficos de soldas em canos com < 300 mm de diâmetro. A figura 16a-5 mostra um recipiente especial com colimador configurado para uma radiografia de parede dupla. O desenho da seção transversal na figura 16b-5 mostra os limites do feixe de radiação. Para distâncias maiores entre o foco e o filme, são usados colimadores mais longos para restringir o feixe de radiação.
Esse tipo de recipiente é adequado para fontes de irídio de até 1000 GBq e pesa “apenas” 20 kg, aproximadamente.
Uma fonte radioativa selada (cápsula) pode começar a vazar e se tornar uma fonte aberta por causa de corrosão, dano mecânico, reações químicas, incêndio, explosão, etc. Testes do esfregaço regulares e obrigatórios, realizados por especialistas, detectam vazamentos em estágio inicial.